A celebração pelo Dia da Consciência Negra no Distrito Federal em 2021 vai entrar para história da cidade com a primeira exposição com temática racial do Museu de Arte de Brasília (MAB). O equipamento cultural ficou fechado por 14 anos para reformas e foi
reinaugurado em abril. Agora, está de portas abertas para enaltecer a produção de artistas visuais negros da capital do país.
A exposição “Existindo e Resistindo – uma celebração às vidas negras” conta com 13 obras, entre elas uma produção exclusiva e inédita do renomado artista Antonio Obá. Celebrada internacionalmente, a arte de Obá estampa a capa do best seller “O avesso da pele”, do escritor Jeferson Tenório. Ao lado dele, quatro nomes da nova geração de Brasília: as fotógrafas Ester Cruz e Beatriz Andrade, e os artistas plásticos Ricardo Caldeira e Victor Hugo Soulivier.
A cerimônia de abertura será realizada neste sábado (27) com a presença dos artistas e de autoridades que apoiam o festival, como a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro. Ela lembra que fomentar eventos como o Festival Afro Urbano reforça metas da Organização das Nações Unidas: “Uma das intenções da Década Internacional de Afrodescendentes, proclamada pela ONU, é também incentivar essa cooperação regional, no âmbito da cultura, garantindo a participação plena e igualitária das pessoas negras em todos os aspectos da sociedade.”
A exposição fica disponível até domingo (28), com entrada gratuita. Ao longo de todo o fim de semana, músicos da cena independente da cidade vão se revezar no palco com o melhor na nova MPB, R&B, pop e muito samba. Há ainda uma atração internacional: o percussionista senegalês Moustapha Diene, indicado ao Grammy Latino de 2021 como integrante do álbum “Bom mesmo é estar debaixo d’água”, da cantora Luedji Luna.
A live para divulgar a programação do festival contou com a presença de um dos artistas expositores Ricardo Caldeira. Foto: Emanuelle Sena (ASCOM-RA-PP).
Programação infantil
O Festival Afro Urbano também pensou no público infantil. No sábado e no domingo, a Cia Cafundó garante a contação de histórias com protagonismo negro para crianças. No repertório, “Amoras”, do rapper Emicida, e “Tâmara e Tamarindo”, livro recém-lançado pelo
escritor e especialista em cultura africana, André Lúcio Bento. O professor estará presente no festival autografando os livros.
Todos os eventos são gratuitos, de classificação livre e será feita arrecadação de 1 kg de alimento não perecível para doação de cestas básicas a famílias em situação d vulnerabilidade social do DF.
O Festival Afro Urbano tem produção e curadoria da Cassangue Produções e é realizado com apoio da Administração Regional do Plano Piloto. A programação completa está disponível nas redes sociais da produtora, onde também é possível encontrar o link da vaquinha virtual que está arrecadando recursos para remunerar os artistas e arcar com os custos de montagem da exposição.
Programação
SÁB (27)
Local: Museu de Arte de Brasília (orla do Lago)
– 10h: atração infantil – contação de história com Cia Cafundó
– 11h: cerimônia de abertura da exposição “Existindo e Resistindo – uma celebração às
vidas negras”
– a partir das 15h: apresentações musicais com B-boy Kastelar, Úrsula Zion, Bárbara Silva,
Marcelo Café
DOM (28)
Local: Museu de Arte de Brasília (orla do Lago)
– a partir das 9h: exposição “Existindo e Resistindo – uma celebração às vidas negras”
– 10h: atração infantil – contação de história com Cia Cafundó
– a partir das 15h: apresentações musicais com Moustapha Diene (Senegal), Thiago Ruby,
Anna Moura, Partido em Alta
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