O Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) recebeu na quarta-feira, 27/11, diversos órgãos do GDF para uma reunião da Sala Distrital Permanente de Coordenação e Controle das Ações de Prevenção e Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes para apresentar e debater o Plano de Enfrentamento das Arboviroses.
Thais Fonseca Lima, Diretora de Atenção Primária à Saúde da Região de Saúde Central que iniciou o encontro, explicou que Asa Norte, Lago Norte, Varjão, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal e Asa Sul compõem a Região de Saúde Central. Essas regiões foram determinadas de acordo com a territorialização do DF, ou seja, do quanto essas regiões são próximas dos locais de atendimento e das condições de acesso dos moradores às unidades de saúde.
O médico Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde, disse que o Plano de Enfrentamento das Arboviroses foi feito dentro de uma visão multidisciplinar porque as doenças transmitidas por mosquitos não são um problema somente dos setores de saúde. Para Divino, as reuniões são “uma oportunidade de discutir questões e direcionamentos epidemiológicos dentro de fatores macro determinantes que influenciarão a sociedade como um todo”.
O subsecretário explicou que as doenças transmitidas por mosquitos estão muito relacionadas com a questão sazonal e climatológica e que aconteceu, nos últimos anos, uma alteração no padrão de comportamento vetorial que aumentou a capacidade de transmissão.
Divino mostrou preocupação sobre como avaliar a capacidade de resposta à uma possível epidemia ao considerar a população flutuante do DF, pessoas do entorno que buscam atendimento diariamente nas unidades de saúde da região. “Estamos com reuniões agendadas com as secretarias municipais e a nossa expectativa é disponibilizar equipes para ajudar fazendo a contenção no entorno”, disse. Ele acredita que a ação diminui o número de casos autóctones.
Fernando Érick, médico de família e comunidade e do SAMU, representante da Comissão de Enfrentamento às Arboviroses da Sala Distrital explicou os níveis de ativação das arboviroses divididos de um a quatro de acordo com fatores como incidência, infestação, notificações e suspeitas de óbitos na região e destacou que o plano de enfrentamento prevê ações intersetoriais. “Precisamos somar esforços porque quanto mais precoce a gente achar o caso, melhor é a resposta naquele território, o que permite impedir que a doença se propague”, disse.
A Região de Saúde Central encontra-se atualmente no nível um de ativação, onde se tem uma incidência baixa e um número de casos menor que 100 casos por cem mil habitantes. Porém, a vigilância é ininterrupta porque enquanto tiver chuva tem mosquito e possibilidade de doença e óbitos.
Com base na visão de ações intersetoriais, Fernando destacou que a comunidade precisa assumir o manejo de resíduos de forma otimizada para combater o mosquito. O médico também explicou que é fundamental o acesso precoce do paciente com suspeita de dengue à rede de saúde para que se inicie imediatamente a hidratação oral, processo importante no tratamento da dengue.
Fabiano Martins, gerente de Epidemiologia da Secretaria de Saúde disse que foi identificada na Região de Saúde Central a circulação de dois sorotipos virais de dengue, chamados de DenV-1 e o DenV-2. Fabiano acredita que o mais importante é a união de todos para atingir um bom resultado com o plano. “Essa guerra contra o mosquito é de todos nós, enquanto profissionais de saúde, governo e sociedade”, defendeu.
O subsecretário Divino Valero pontuou a importância de envolver as administrações regionais na cooperação do manejo ambiental. Segundo Divino “a mobilização deve ser feita dentro da realidade de cada cidade”, afirmou. Marcelo Salles, chefe de gabinete da Administração Regional do Plano Piloto representou a administradora, Ilka Teodoro na reunião e colocou a Regional à disposição para contribuir no plano de enfrentamento. “A administradora acompanha de perto as ações da Sala Distrital. Temos contato com as lideranças comunitárias e pretendemos unir esforços com todos na parte de prevenção, conscientização e manejo”, disse.
Texto: Ramíla Moura/ASCOM – Administração Regional do Plano Piloto
Fotos: Emanuelle Sena/ASCOM – Administração Regional do Plano Piloto
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